Eu venho de uma época onde havia uma separação clara: pela manhã era o horário da criança, tínhamos desenhos e programas infantis, na hora do almoço jornal e a tarde filme, novela e programas de variedade femininos e pela noite novamente jornal e novela.
Fonte: http://961wodz.com/5-bad-habits-that-are-good-for-your-health/
Todo mundo tinha o seu espaço na programação, mas hoje eu não vejo a criança como público da maioria das emissoras abertas. A programação infantil está cada vez mais estrangulada e eu fico intrigada para saber o motivo disso tudo.
Eu fiquei pensando, será que a criança não fica mais em casa? Com a mãe no mercado de trabalho elas ficam integralmente na escola e não assistem TV? Será que por conta das proibições referentes à publicidade infantil, esses programas não geravam mais lucro? Será que os programas femininos dominaram tudo?
Para poder parar de achar eu fui pesquisar um pouco e achei um artigo bem interessante do ano passado. Nele, Henrique Schroder, diretor geral da Globo, afirma que é uma tendência mundial levar o desenho para TV a cabo.
Bom, mas isso nos levaria a pensar que todo mundo tem TV paga então, certo? Fui pesquisar um pouco mais e descobri que de cada cem domicílios brasileiros, 28,42 tem sim TV a cabo, ou seja, não é todo mundo que tem. Mas e os outros 70 como farão? Não achei nenhuma resposta para essa pergunta.
O SBT ainda tem tentado não seguir essa onda de migração e investe na programação infantil com desenhos, programas e novelinhas como Carrossel (sucesso entre a criançada). A Band também oferece alguma coisa, mas para o público infanto-juvenil. A TV Cultura se mantém firme na sua programação infantil diurna e é uma boa opção.
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