Pessoal, hoje eu queria discutir um tema que eu defendo, o fim da publicidade voltada para crianças. Sendo assim, esse post tem muito mas muito mesmo da minha opinião pessoal por que eu sou terminantemente contra o consumismo infantil. Acredito que ele gera o desejo descontrolado, competição entre crianças (as que têm e as que não têm), causando as segregações pelo poder aquisitivo, que decorrem em problemas de autoestima.
Bom, mas o que gera o consumo na infância? A publicidade infantil!
Fonte: http://www.bluebus.com.br/politicos-aprovam-leis-contra-publicidade-infantil-em-sao-paulo-veja-isso/
Você se lembra daquela propaganda das Tesourinhas do Mickey? Clique aqui e assista para recordar.
Você já imaginou a maldade que é uma criança ouvir repetidas vezes “eu tenho, você não tem”? Pois foi nessa atmosfera que a publicidade infantil se pautou no Brasil, em propagandas de TV, rádio, revistinhas, embalagens e muito mais, tudo com um apelo gingante para tornar o pequeno cidadão em CONSUMIDOR.
Fonte: http://www.vortexcultural.com.br/cinema/critica-crianca-a-alma-do-negocio/
Se você tiver um tempinho, clique aqui e assinta ao documentário do Instituto Alana chamado "Criança a Alma do Negócio". Nele você terá dimensão do tamanho do problema gerado pela publicidade infantil.
Uma criança é um ser humano em formação, ela não tem ainda habilidades de entendimento para absorver o conteúdo de uma propaganda e separar o desejo da necessidade, como é a necessidade de comer e o desejo de que seja um bolinho de brigadeiro da Barbie. Segundo Pedrinho Guareschi, Sociólogo e Doutor em Psicologia. “Conteúdo Comunicacional para crianças de até sete anos não é racional é emotivo. É a emoção que passa o que chamamos de conteúdo”.
Fonte: http://www.paraiba.com.br/2013/04/20/49523-mcdonalds-e-multado-em-r-3-milhoes-por-publicidade-abusiva-para-criancas
Se para nós adultos é difícil conseguir lidar com a frustração de não comprar algo que desejamos para nós, para acriança é muito mais difícil. O não dos pais não é ouvido e nem entendido, para o pequenino o não é o impedimento da felicidade dele, o que gera brigas, choro, frustração, sofrimento e muito estresse. O pai vira o vilão!
Nós, pais de hoje, somos dominados pelos pequenos ditadores que assumiram o controle da casa. Eles decidem o que querem, comem, vestem e nós, nos desdobramos para comprar o objeto de desejo. Quantos pais não se enfiam no crediário para comprar aquele brinquedo super caro que muitas vezes a criança brinca uns dois ou três dias e depois não dá a menor bola?
Sentimos muita culpa por nossa ausência devido ao trabalho, estamos cansados por vivermos em rotinas estressantes, queremos fugir das discussões e até, dar aquilo que não tivemos.
Quando falamos em publicidade infantil não é só em relação a brinquedos, tem haver com roupa, sapatos, alimentos e até produtos para adultos. Esses publicitários e essas corporações estão impondo subliminarmente a diminuição da infância, já que muitas crianças de hoje, preferem sair para comprar a brincar.
Fonte: http://essencialespacopsicopedagogico.blogspot.com.br/2013/03/como-evitar-o-consumismo-exagerado.html
No mês de abril de 2014 foi aprovada uma resolução que considera abusiva a publicidade infantil, emitida pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). A resolução diz o seguinte:
A resolução 163, publicada no Diário Oficial da União em 4 de abril, considera "abusiva a prática de direcionamento de publicidade e comunicação mercadológica à criança, com a intenção de persuadi-la para o consumo, de qualquer produto ou serviço e utilizando-se, dentre outros, dos seguintes aspectos":
- linguagem infantil, efeitos especiais e excesso de cores
- trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de crianças
- pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil
- desenho animado ou animação
- promoção com distribuição de prêmios ou brindes colecionáveis com apelo ao público infantil
Esse é o primeiro passo para que se tenha um regulamentação eficiente em relação a mídia voltada para crianças. Claro que essa é uma discussão longa, os publicitários e empresas do ramo versos pais e instituições engajadas no combate a publicidade infantil. Por isso, é importante que nós pais não nos coloquemos omissos nesse tema. Se sua posição for contrária a publicidade para crianças, vão aqui algumas algumas dicas que retirei de sites de instituições que defendem a causa:
- Evite a TV ou diminua a quantidade de horas que seu filho assiste;
- Se você passa o tempo que esta em casa na frente da televisão, seu filho também o fará. Pense nisso!
- Verifique se no canal há publicidade infantil, se houver, evite que seu filho assista. Vocês podem assistir pelo Youtube os programas de interesse ou canais como a TV Cultura, que tem inclusive alguns desenhos da programação da TV paga;
- Evite levar seu filho para fazer compras no supermercado, o poder de decisão de compra dos alimentos é dos pais;
- Evite levar seus filhos para passeio em shoppings, esses são lugares para comprar e não passear (com exceção do cinema, parquinhos, boliche...);
- Crianças não devem ter nada em excesso, muitos brinquedos, roupas e calçados, intensificam o desejo de consumo e diminuem a valorização em relação ao que elas têm;
- Diga não a você mesmo! Se toda vez que você sair seu filho ganhar algo, como ele vai lidar com o dia que você não puder mais dar presentes?
- Faça doações, após festas de aniversário ou épocas festivas ensine o seu filho a se desfazer dos brinquedos;
- Menina é uma coisa e adolescente é outra! Por isso ela não deve usar salto alto na infância. Não é bom para saúde, isso impede que ela brinque, já que ela deixa de correr por causa do calçado e também, por que há um início muito precoce da sensualização;
- Procure instituições de ensino que tenham como regra os materiais escolares padronizados, dessa forma a criança não poderá competir por causa do estojo mais caro, da mochila mais enfeitada ou da capa do caderno mais estilosa, já que serão todos iguais;
- "Agora já foi, meu filho adora TV e me pede para comprar de tudo, não tem mais jeito!" Não desista! Vá alterando a rotina da TV e inserindo brincadeiras no lugar e comece com a fase do NÃO. É difícil e da um trabalhão, mas com o tempo a criança percebe que as coisas mudaram e que os pais é que estão no controle.
Fonte: https://garotasdepropaganda.wordpress.com/tag/publicidade-infantil/
"É mais fácil falar do que fazer!" Mas disso eu não tenho dúvida! Nós temos contra os pais a publicidade, os amiguinhos e os hábitos enraizados. A questão não é deixar de dar coisas para os pequeninos, mas dar com racionalidade, verifique se cabe no seu orçamento, se a criança realmente precisa daquilo e quando for o momento certo, e não em resposta imediata ao pedido. Em relação a alimentação faça acordos e regras, ofereça as tranqueiras uma ou duas vezes por semana, nas festinhas, mas nada em excesso.
E você, qual a sua opinião?
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/04/140422_conanda_resolucao_pai_mdb.shtml
http://alana.org.br/
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