Atenção mamães e papais! Esse post não é para julgar a decisão de ninguém, muito menos para discutir sobre o uso ou não da chupeta. Só quero contar minha experiência para vocês, e acalmar alguns corações de mães e pais por aí.
Quando Alice nasceu ela teve icterícia, como já contei aqui. Ela teve que ficar tomando banho de luz durante mais de 24 horas para tirar o amarelado da pele, e por isso não podia ficar muito no colo. Colo era só para mamar, e logo tinha que voltar para o bercinho. Acontece que Alice chorava muito no berço, muito mesmo, mesmo que já tivesse mamado. Em um determinado momento cheguei a ficar com ela por 3 horas no peito, porque ela realmente só chorava quando estava no berço.
Nessa hora a enfermeira entrou no quarto e disse que se eu não a deixasse no berço iriam lhe dar água com açúcar para encher a barriguinha e ela ficar quietinha lá. Gelei! Foi quando percebi que o problema da Alice não era fome, e sim a vontade de chupar. Seguindo as recomendações da maternidade, eu não havia levado chupeta, e agora me arrependia amargamente. Passei o começo da noite, cerca de duas horas, com o dedo mindinho enfiado dentro do bico de silicone que eu tinha levado para o caso de ter dificuldade de amamentar, e com ele na boca dela. E ela sugava loucamente e dormia como um bebê.
Foi então que a enfermeira de plantão soltou: Papai, vai lá e compra uma chupeta para essa criança, ela tem necessidade de sucção, mas não pode ser do berço por causa do banho de luz. Marido saiu na mesma hora, e voltou com uma chupeta salvadora. E foi aí que tudo começou.
Sim, Alice sempre chupou chupeta. E quer saber? Era um alívio! Porque quando ela começava a ficar chatinha, chupeta nela, e pronto. Bebê se aclamava e dormia em segundos. Poupou muitas horas de papais acordados, e nos garantiu noites muito mais bem dormidas. Mas agora, depois de um ano e meio, nós sabíamos que a chupeta já havia cumprido seu papel inicial, e que agora era muito mais uma questão de mania do que de necessidade. E foi então que um dia decidimos: já está na hora de tirar a chupeta.
A estratégia foi bem simples: meu priminho estava para nascer, dentro de 15 dias, e começamos a contar para a Alice que o Pedrinho iria nascer, e seria um bebezinho muito pequeno. Dizíamos a ela todos os dias que ela já é uma mocinha, e que o Pedrinho é que era bebê, e que quando ele nascesse ela deveria dar as chupetas todas para ele. Dissemos isso insistentemente, até que ela começou a repetir. Quando perguntávamos o que ela daria ao Pedro quando ele nascesse, ela já dizia: as pepês. E quando perguntávamos para quem ela daria as pepês na próxima semana, ela dizia: o pêto (no caso, Pedro em Alicês).
E assim foi. O Pedro nasceu em uma segunda-feira, e naquela noite mesmo nós duas, Alice e eu, separamos todas as chupetas. Nós só o veríamos na noite seguinte, mas já ficamos sem a chupeta desde a primeira noite. Juntamos todas, colocamos em um saquinho e guardamos na mala. Sim, ela pediu a pepê para dormir. Marido e eu dissemos calmamente que as pepês estavam guardadas para o Pedro, que agora ela era moça e teria que dormir sem. E ela logo emendou: Tetê!
Demos a mamadeira e ela dormiu. Acordou na madrugada somente uma vez, pediu a pepê, conversamos de novo e ela dormiu. Na soneca da tarde seguinte ela chorou novamente, pediu a pepê, e dormiu depois de meia hora chorando. A noite fomos visitar o Pedrinho e levamos todas as chupetas para ele. Ela entregou meio a contra-gosto, mas entregou, todas as 14 chupetas (!).
Nessa segunda noite foi mais fácil. Ela só pediu uma vez, e logo aceitou o tetê no lugar da pepê, rs. Não pediu mais. Faz 23 dias que o Pedrinho nasceu, e a retirada da chupeta foi um sucesso!
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