Você já ouviu falar do livro Crianças Francesas Comem de Tudo da Karen Le Bilon? Eu ainda não li, mas estou bastante interessada. Acho muito importante ensinar nossos filhos desde cedo a se alimentar bem, acredito que muitas doenças que temos hoje se relacionam a má alimentação.
A autora propõe que os pais devem ter autoridade em relação à alimentação dos seus filhos, mas não autoritarismo, ou seja, eles colocam regras e mostram por que devem ser seguidas, mas sem brigas e discussões.
Karen ainda se coloca contrárias às trocas ou punições que usem a comida como objeto de barganha, “se você comer tudo vai ao parque” ou “se não comer seus legumes não terá a sobremesa”. Ela acredita que a criança vai odiar mais ainda o alimento e não conseguirá entender o seu benefício.
Eu ainda acrescento que não vamos conseguir convencer uma criança a comer algo dizendo que faz bem para saúde. Quando somos novos não temos medo de ficar doentes, essa é uma preocupação dos adultos.
Segundo um artigo que li, o livro propõe 10 regras:
1. “Pais e mães: vocês são responsáveis pela educação alimentar de seus filhos”. Em seu livro "Crianças Francesas Comem de Tudo", Karen Le Billon diz que os pais devem lidar com a alimentação infantil com autoridade, mas não com autoritarismo. O que comer, onde e quando são decisões que cabem aos adultos. Para ajudar nessa tarefa, você pode criar as regras da sua casa, como a criança tem permissão para comer um pedaço de fruta quando quiser, mas tem de pedir para comer qualquer outra coisa.
2. “Evite comer por motivos emocionais”. | Segundo Karen Le Billon, autora do livro "Crianças Francesas Comem de Tudo", na França, um adulto jamais oferece uma guloseima a uma criança como consolo por ela estar chorosa. Ela diz que é preciso explicar às crianças a lógica da refeição. Primeiro, come-se legumes e verduras. Depois, a sobremesa. Mas não diga que ela só vai ganhar o doce se comer os vegetais, o que pode levá-la a desvalorizá-los ou até mesmo a detestá-los.
3. “Os pais planejam os cardápios e os horários das refeições”. | "Crianças ficam mais dispostas a comerem comidas que viram seus pais, ou outros adultos de confiança, comerem primeiro", diz Karen Le Billon, autora do livro "Crianças Francesas Comem de Tudo". Na obra, ela conta como a experiência de morar um ano na França mudou a relação de suas filhas pequenas com a comida. Ao voltar para o Canadá, Karen constatou que os novos hábitos foram consolidados. "Minhas crianças continuam gostando dos alimentos que aprenderam a comer lá. São mais aventureiras à mesa
4. “A comida é social”. | De acordo com Karen Le Billon, autora do livro "Crianças Francesas Comem de Tudo", estar com a família reunida, à mesa, sem distrações, tem um efeito bastante positivo para a criação de hábitos alimentares saudáveis nas crianças. Ela ainda fala que criar rituais pode tornar o momento mais especial, como pedir às crianças que falem sobre seu dia. Outra estratégia é convidar, vez ou outra, crianças mais velhas que gostam de comer bem para se juntarem aos seus filhos, o exemplo "dos pares", às vezes, faz mágica
5. “Coma legumes e verduras de todas as cores do arco-íris”. | No ano em que morou na França, Karen Le Billon, autora do livro "Crianças Francesas Comem de Tudo", aprendeu que, para os franceses, é tarefa dos adultos ajudar a criança a amadurecer o paladar. Para tanto, ela sugere que os pais incentivem o filho a ir além do hábito de julgar um alimento por sua cor ou aparência. Vale para isso até propor uma brincadeira que é uma versão da "cabra-cega", vedando os olhos da criança e pedindo que ela experimente comidas. Outra dica prática é não comer o mesmo prato mais de uma vez por semana.
6. “Para quem é enjoado na hora de comer: você não tem que gostar, mas tem que experimentar”. | Karen Le Billon, autora do livro "Crianças Francesas Comem de Tudo", diz que os pais devem incentivar os filhos desde bebês a experimentarem comidas novas. Uma estratégia é servir o novo alimento como parte de uma refeição gostosa e já conhecida. Incentive seu filho a provar, mas não o obrigue a raspar o prato. Se não der certo na primeira vez, não desista. Segundo ela, pesquisas mostram que uma criança precisa de uma dúzia (ou até mais) de degustações antes de aceitar comer algo novo.
7. "Limite os petiscos, idealmente um por dia (dois, no máximo), e nunca menos de uma hora antes das refeições". | Karen Le Billon, autora do livro "Crianças Francesas Comem de Tudo", confessa que essa foi a regra mais difícil de aplicar às suas filhas, Sophie, 7 anos, e Claire, 3, quando a família se mudou do Canadá para a França. As meninas beliscavam livremente entre as refeições. De volta ao seu país de origem, a regra teve de ser flexibilizada um pouco, já que as garotas passaram a fazer um lanche na escola. "Mas, no final de semana, voltamos ao esquema francês, de três refeições e um lanche", diz Karen.
8. "Uma refeição lenta é uma refeição feliz". | Não ter pressa para fazer nem para comer é o primeiro passo para pôr em prática essa regra. Karen Le Billon, autora do livro "Crianças Francesas Comem de Tudo", diz que é fundamental que o adulto tire toda a pressão e a exigência sobre o ato de comer. Um caminho é envolver a criança na preparação da refeição, como pedir que ela ajude a colocar a mesa ou que a decore. Mostre prazer ao comer sua refeição, mastigando devagar e apreciando o alimento, seu filho, com certeza, irá imitá-lo.
9. "Coma principalmente comida caseira de verdade". | Não tem solução milagrosa, não há como oferecer uma alimentação saudável às crianças se ela for baseada em produtos processados e/ou industrializados. Segundo Karen Le Billon, no livro "Crianças Francesas Comem de Tudo", guarde as guloseimas para ocasiões especiais. Limite hambúrgueres ou pizzas a uma vez na semana e, antes de colocar uma sobremesa adocicada na mesa, sirva frutas frescas.
10. "Comer é algo prazeroso e não estressante" | Karen Le Billon, autora do livro "Crianças Francesas Comem de Tudo", diz que sempre recomenda que as famílias comecem a mudar seus hábitos alimentares por essa regra. "Comer é algo alegre, então, relaxe. Tente fazer as refeições em família o mais divertidas possível. E, definitivamente, evite fazer sermões para o seu filho ou colocar pressão sobre ele para que coma bem", afirma. Não há problema em flexibilizar as regras de vez em quando.
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